Guerreiros de Xian ganham nova vida

Mais de 2200 anos após ter sido criado para guardar o túmulo de Qin Shihuang

23 de maio, 2017
Mais de 2200 anos após ter sido criado para guardar o túmulo de Qin Shihuang, o primeiro imperador da China, o famoso exército de terracota de Xian vai ganhar nova vida.
A passagem dos anos e a exposição ao ar desbotou a pintura dos guerreiros e cavalos em tamanho natural. Os arqueólogos trabalham agora para lhes devolver o brilho de outros tempos e reconstruir o puzzle formado pelas peças soltas encontradas no mausoléu.

Enquanto os arqueólogos trabalham junto ao local onde o imperador Qin foi sepultado, em 210 a. C., a poucos metros daí, os funcionários de Han Pingzhe esforçam-se por fazer réplicas o mais exactas possível das figuras do exército de terracota. Com o faro para o negócio típico dos chineses, o empresário aproveitou a proximidade de uma das grandes atracções da China para ganhar dinheiro. Com a Grande Muralha e a Cidade Proibida, o museu dos guerreiros de terracota é ponto de passagem obrigatório em qualquer roteiro      turístico, apesar de ficar 900 quilómetros a sudoeste de Pequim.

Para construir as réplicas de guerreiros e cavalos - uns em miniatura, outros em tamanho natural , os funcionários de Han usam terracota proveniente do monte Lichan, o mesmo de onde foi extraída a matéria-prima para as figuras originais. Colocadas em parada, estas têm pesos, rostos e penteados diferentes, numa reprodução fiel do poderoso exército      imperial de Qin.

Descoberto apenas em 1974 por aldeões que escavavam um poço, o exército de terracota tornou-se numa das mais importantes descobertas arqueológicas do século XX. Património da humanidade desde 1987, os 7000 guerreiros a cavalo foram colocados junto ao mausoléu, para guardar o imperador.

Responsável pela unificação da China, Qin era conhecido pela crueldade. O seu mausoléu incluía uma réplica do universo, palácios e câmaras. A necrópole - cuja construção      demorou 38 anos e envolveu 700 mil trabalhadores - terá sido destruída por um grande fogo. Mas, dois milénios depois, e apesar de o próprio túmulo continuar fechado, ainda surpreende. Há dias, os arqueólogos descobriram uma câmara secreta com paredes em forma de degraus, na qual dizem estar a alma de Qin.

Fonte: © JTM/Diário de Notícias

prolongamento até 24 de Setembro, 2017

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